O mundo conheceu nesta quinta-feira (8) o novo líder da Igreja Católica: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito pelo Colégio de Cardeais como o 267º papa, adotando o nome de Leão XIV. A eleição foi anunciada oficialmente com a tradicional fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, encerrando o conclave que definiu o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril deste ano.
Aos 69 anos, Leão XIV se torna o primeiro Papa dos Estados Unidos e também o primeiro pontífice da Ordem de Santo Agostinho. Seu lema episcopal, In Illo uno unum (“Em um só nós somos um”), inspira-se nos escritos de Santo Agostinho e reflete o compromisso com a unidade da Igreja no mundo contemporâneo.
A trajetória de Robert Prevost é marcada por forte atuação missionária e pastoral, especialmente na América Latina. Nascido em Chicago em 1955, de família com raízes francesas, italianas e espanholas, entrou para a vida religiosa em 1977, pela Ordem de Santo Agostinho. Tornou-se sacerdote em 1982, e sua caminhada incluiu missões no Peru, onde atuou por mais de uma década, chegando a ser bispo de Chiclayo e administrador apostólico de Callao.
Prevost teve uma relação próxima com o papa Francisco, que o nomeou prefeito do Dicastério para os Bispos em 2023 e cardeal em setembro do mesmo ano. Como chefe do dicastério, participou ativamente das últimas iniciativas sinodais do pontífice argentino, além de representá-lo em diversas viagens apostólicas.
Durante sua primeira aparição como papa, Leão XIV destacou o legado de seu antecessor, Francisco, e afirmou que seguirá promovendo uma Igreja sinodal, próxima dos pobres e comprometida com a justiça social. Sua eleição simboliza uma nova etapa para a Igreja Católica, com um olhar renovado para a realidade global, especialmente do continente americano.