O Ministério do Trabalho divulgou informações alarmantes sobre a terceira fase da Operação Resgate, nesta terça-feira, 5 de setembro, revelando que 532 pessoas foram libertadas de condições de trabalho análogo à escravidão em 22 estados e no Distrito Federal. O Maranhão, com 42 resgatados, está entre as regiões mais afetadas.
Os estados mais afetados por essa grave situação foram Minas Gerais (204 resgatados), Goiás (126), São Paulo (54), Piauí (42) e Maranhão (42). A operação se estendeu por 15 estados, incluindo Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
Os dados também revelaram que as atividades econômicas mais afetadas na área rural incluem o cultivo de café (98 resgatados), cultivo de alho (97) e cultivo de batata e cebola (84). Na área urbana, os setores mais problemáticos foram restaurantes (17 resgatados), oficinas de costura (13), construção civil (10) e trabalho doméstico (10).
Um caso particularmente chocante envolveu o resgate de uma idosa de 90 anos que trabalhou sem carteira assinada por 16 anos na casa de uma empregadora de 101 anos, no Rio de Janeiro. Essa é a pessoa mais idosa já libertada do trabalho análogo à escravidão no Brasil.
Além dos adultos, a operação também resgatou 6 crianças que viviam em condições semelhantes à escravidão, destacando a urgente necessidade de combater essa prática desumana.