O Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu nesta sexta-feira (16) uma ordem para apreender o petroleiro iraniano “Grace 1“. A medida veio um dia depois de um juiz de Gibraltar autorizar a liberação do barco ali retido desde 4 de julho.
De acordo com a agência France Presse, a ordem diz que o petroleiro iraniano, o petróleo transportado e US$ 995 mil podem ser apreendidos devido a violações à Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência, fraude bancária, lavagem de dinheiro e outros delitos.
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Grace 1 é visto nesta quinta-feira (15) ancorado no território britânico de Gibraltar. — Foto: Marcos Moreno/AP
O governo de Gibraltar liberou o navio para seguir viagem, mais cedo, após afirmar que recebeu garantias, formalizadas por escrito, do governo do Irã de que a embarcação não levará o carregamento de petróleo para a Síria – a Casa Branca acredita que o material poderia ser entregue à Guarda Revolucionária Iraniana.
Entretanto, horas depois, o Irã negou ter dado garantias sobre o destino de seu petroleiro que estava retido em Gibraltar – mas confirmou que não iria à Síria.
“O Irã não deu nenhuma garantia de que o ‘Grace 1’ não seguirá para a Síria”, declarou o porta-voz da diplomacia iraniana, Abbas Musavi, ao canal público IRIB.
“O destino do petroleiro não era a Síria e, mesmo se fosse o caso, não é da conta de ninguém”, disse.
“Nosso petroleiro ilegalmente apreendido foi liberado. Esta vitória, obtida sem fazer concessões, é o resultado de uma #diplomacia_poderosa e de uma vontade forte de lutar pelos direitos da nação”, tuitou o porta-voz do governo, Ali Rabiei.
Grace 1
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Petroleiro ‘Grace 1’, suspeito de levar petróleo iraniano à Síria, é apreendido em Gibraltar — Foto: Jon Nazca/Reuters
O “Grace 1”, que transporta 2,1 milhões de barris de petróleo, foiinterceptado em 4 de julho pela polícia de Gibraltar e por forças especiais britânicas. O episódio provocou uma crise diplomática entre Irã e Reino Unido – que controla Gibraltar.
As autoridades de Gibraltar, território britânico, informaram em julho passado que suspeitavam de que o “Grace 1” poderia transportar os barris para a Síria, o que violaria o embargo da União Europeia para este país. O Irã rejeitou a acusação.







